12/11/2010

Direito à informação a quem faz alisamento à "brasileira"

O procurador-geral da Califórnia (EUA) está processando a empresa fabricante de um popular alisador de cabelos nos Estados Unidos, o Brazilian Blowout (alisamento brasileiro, em tradução livre). A ação acusa a companhia de não alertar os consumidores de que o produto contém formol, substância que pode causar câncer, segundo reportagem da rede ABC.
 
O produto é um dos mais requisitados em salões de beleza dos EUA e custa menos que os demais – um tratamento custa em média US$ 300 - razão pela qual a ação afirma que seu uso pode representar um perigo para a saúde no estado.
 
“Ele suaviza o cabelo crespo e o torna realmente brilhante”, diz a cabeleireira Christine Chavez à ABC. Ela usa o Brazilian Blowout em suas clientes pelo menos três vezes por dia e disse nunca ter tido problemas por inalar o vapor do formol do produto, que considera um dos mais seguros.
 
“Há descolorantes que usamos que são muito mais prejudiciais, produtos que vão no couro cabeludo. Eu sinto um irritação muito maior com tinturas do que com este produto”, disse ela.
 
O processo afirma que a solução para alisar cabelo libera altos níveis de formol, embora a empresa afirme que o produto é seguro e livre de substâncias químicas nocivas à saúde.
 
Máscaras de gás
 
Não há avisos de alerta no produto ou instruções de como se proteger para aqueles que entram em contato com o formol. Alguns salões do país tem adotado o uso de máscaras de gás como precaução.
 
“Os sintomas mais comuns são irritação, sangramento no nariz, dores de cabeça, mas a exposição continuada pode provocar câncer”, afirma a porta-voz da organização Environmental Working Group, Rebecca Sutton, em entrevista à emissora.
 
O estado do Oregon também entrou com um processo contra a empresa no mês passado, após testes indicarem altos níveis de formol no ar após uso do produto. Mas testes realizados pelo órgão responsável pela Saúde no estado apontaram níveis de gás abaixo dos padrões considerados nocivos.
 
O presidente da Brazilian Blowout, Mike Brady, emitiu um comunicado em que afirma que o produto é seguro e anunciando que vai processar o órgão responsável pela saúde de Oregon por manipular o resultado dos testes.
 
A empresa terá 30 dias para apresentar defesa no novo processo. (Com informações do G1

Um comentário:

  1. Oi, Ivana! O pessoal lá não brinca quando o assunto é Direito Civil. Essa tendência é crescente aqui também, eu creio. Mas sabe, fugindo do assunto, porém não completamente, eu gostaria de ver o estado pagar a cada vez que um de seus serviços lesar um consumidor (contribuinte). Segurança pública, educação, saúde...

    “Para o legítimo sonhador não há sonho frustrado, mas sim sonho em curso” (Jefhcardoso)

    http://jefhcardoso.blogspot.com

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